Num domingo de muita inspiração, o filho de Quinta do Sol – PR esteve determinado desde os primeiros treinos livres, mostrando toda a sua garra e força
A cidade de Boa Esperança recebeu a 2ª etapa do Campeonato Paranaense de Motocross no final de semana último – dias 27 e 28 de maio. A chuva forte que caiu no sábado, persistiu até o amanhecer de domingo, encharcando muito a pista e tornando tudo mais difícil para os pilotos. “A quantidade de chuva foi muita, a pista encharcou demais, muitas poças por todo o circuito”, relembra Celsinho, preparador da equipe.
Domingo amanheceu de sol, e aumentou ainda mais o problema; “Quando a chuva para, depois de um grande volume, demora a secar, e forma um barro que acaba grudando nas motos, isso é perigoso porque acaba tampando os radiadores, as motocicletas sofrem muito, e os pilotos então nem se fala, tem que fazer muita força pra conseguir pilotar, evitar as quedas, exige muita concentração, mas graças a Deus tudo acabou muito bem para nós”, destaca Celsinho.
Primeiro desafio do dia, a MX Júnior Especial. “Fiz uma excelente largada, consegui me posicionar entre os 5 primeiros colocados, mas dois pilotos saíram da pista já quase na primeira curva, e quando um deles voltou acabou me acertando em cheio, perdi muito tempo ali, as motociclitas ficaram enroscadas, e quando consegui voltara para a prova, vi que algo não estava certo, o baruho da minha moto era estranho, e já não tinha o mesmo rendimento dos treinos. Não demorou e caiu a ponteira de um dos escapamentos. No final da prova, vimos que havia quebrado o sub-quadro da motocicleta, coisas que acontecem, fazer o que?”. Ainda assim, JV cruzou a linha de chegada na 13ª posição.
O curto espaço de tempo entre uma prova e outra obrigou José Victor a trocar de motocicleta. “Nós havíamos levado a outra motocicleta da equipe, porém a suspensão, a altura, tudo é diferente, e tivemos que encarar o desafio, mas não foi nada fácil não”, relembra José Victor. De fato, o piloto que compete regularmente com uma Honda CR250F, tinha que decidir por encarar a Kawazaki 250F ou ficar fora da disputa.
“Quando a equipe disse que não teríamos tempo de preparar minha moto, não pensei duas vezes, concordei na hora em mudarmos, e acho até que isso foi um incentivo a mais, estava inconformado com o acidente da primeira prova, então tratei de me concentrar e tive que me adaptar, e graças a Deus tudo saiu melhor do que imaginávamos.
Para a prova principal do domingo para nosso piloto, a MX2 e MX2jr, os desafios. “A moto tem faixa de torque, ciclística, altura, freios, sem contar que o piloto que utilizava essa motocicleta até pouco tempo tinha quase que o dobro do peso do JV, mas olha, há muito que eu não via o JV se sair tão bem, com tanta garra e determinação, quem quiser ver é só procurar no Youtube, as provas estão lá disponíveis no canal da FPRM, vale muito conferir, foi muito emocionante”, nos lembra Celsinho.
Já na largada, a primeira dificuldade. “Fiz como faço na Honda, e a moto ergueu mais do que o normal, tive que cortar um pouco a aceleração para trazer a roda dianteira pro chão”, relembrao JV. O “funil” da primeira curva deixou nosso piloto na 18ª posição, e a partir dai vimos o gigante José Victor em ação.
Uma a uma, José Victor foi negociando ultrapassagens, se “livrando” do barro, mantendo-se em pé e com velocidade. “Em poucas voltas começamos a encontrar pilotos retardatários, isso complicava mais ainda, pois quando se sai do trilho, do traçado, era lama que não acabava mais”, relembra.
20 minutos de prova e a bandeirada final. P7 na MX2 e P3 na MXjr. “Nosso melhor resultado nessa temporada. Desde que o José voltou a competir, depois da lesão, nós tínhamos que administrar a adaptação dele, que ia desde a mudança dos motores menores (85cc) e dois tempos, para as brutas 250cc com motores de 4 tempo, é como se tivesse que aprender a pilotar novamente, e ele tem se saído cada vez melhor, estamos todos muito orgulhosos dele”, ressalta Celsinho.
O próximo desafio da equipe é na cidade de Mandaguari, daqui 15 dias. “Temos poucos dias entre uma prova e outra, e já conhecemos a pista de Mandaguari, então estou confiante em mais um bom resultado por lá, para me manter na briga do campeonato. Nosso objetivo era andarmos entre os 10 primeiros, mas depois dessa etapa vimos que é possível alcançarmos mais, e se for da vontade de Deus tudo vai dar certo, o que depender de mim, farei sempre o meu melhor”, destaca JV.
“Quero agradecer muito a Deus, por estar fazendo aquilo que eu mais amo, que é competir, aos meus pais e minha irmã que estão sempre me dando apoio, ao Celsinho que faz o possível e o impossível por mim, a equipe que não poupa esforços para que estejamos sempre com boas condições de disputa, e a todos os meus patrocinadores”, encerra JV.
José Victor é piloto VanRock Thunder Racing, e tem o patrocínio/apoio Automação Maringá / Sksports Wear / VanRock / Academia Nova Era / Baterias Júpiter / ABS Sports / Lotus Web / GP Representa / Celsinho Preparações