Com uma quebra de motor há menos de duas voltas pro final, o piloto de Almirante Tamandaré viu escorrer por entre os dedos o título da temporada na categoria VX2

O campeão paranaense de Motocross categoria MX2 temporada 2021 João “Bidu” Victor não teve o domingo dos sonhos em Crozetta, complexo esportivo que recebeu a última etapa do Campeonato Paranaense de Velocross. Bidu chegou a Crozetta na liderança do campeonato e com uma confortável vantagem sobre seus oponentes (9 pontos), porém uma quebra de motor a menos de 2 voltas pro final atrapalhou os planos do campeão. “Eu fiquei desolado, é difícil perder um título para uma quebra, ainda mais quando sabemos que estamos bem preparado, mas como eu disse durante a entrevista do pódio, Deus sabe de todas as coisas e eu confio nEle, se aconteceu é porque era o melhor para mim, e eu aceito isso. É claro que lamentei, mas é preciso entender que não era a minha vez na pista”, avalia Bidu, que já é detentor de um título paranaense de velocross, conquistado no ano de 2018.

Bidu momentos antes da largada pela VX2 com seu preparador Celsinho

A motocicleta havia passado por minuciosa revisão. “Desde que o Bidu chegou a nossa equipe, nós temos melhorado o equipamento dele a cada nova etapa, e cuidamos para que tudo esteja na mais perfeita ordem. Não tivemos ainda tempo de avaliar o que houve de fato, mas são coisas de corrida, é preciso entender e saber perder também”, declara Celsinho, preparador de Bidu.

O final da temporada foi contestado por equipes e pilotos de algumas categorias, por conta de uma interpretação considerada por muitos equivocada. “O regulamento é perfeito, o que está causando polêmica é a interpretação que os responsáveis técnicos estão dando”, avalia Anselmo Branco, Menager da equipe Thunder Racing.

“Todos sabemos como é difícil vencer, mais ainda ser campeão de uma categoria tão competitiva como é a VX2. Nós temos um projeto de longo prazo, estamos subindo degrau por degrau, então foi uma pena, não tanto por mim, mas pelo meu grupo, somos uma familia, Lecão, José Victor, Gustavo, Valério, meus pais, o Celsinho que tem sido como um pai para mim, sinto muito mais por eles do que por mim mesmo. O bom é que recebi todo o apoio e conforto de todos, meus pais principalmente, mas cabeça erguida, sei que fiz um bom trabalho e ano que vem tem mais”, ressalta Bidu.

Na VX1, Bidu mostrou a força de sempre. “Nós estávamos reunidos na casa do Anselmo em Maringá, uma semana antes da prova, e eu disse a ele se poderia me inscrever na MX1, e ele ma falou que sim. Dai em tom de brincadeira falamos de alinhar com a YZ250 que a equipe tem para treinos e até usar como uma moto reserva, e eu encarei o desafio, e foi muito divertido. Não consegui uma boa largada mas logo nas primeiras voltas fui recuperando posições, e por fim um quarto lugar, acho que a equipe fez mais festa do que eu, achávamos que pelo ano da motocicleta não iriamos tão longe, a moto já é um modelo mais antigo, carburada ainda, mas é bem gostosa de pilotar. Quem sabe eu não adote ela na próxima temporada”, disse um sorridente Bidu.

Bidu recebendo o apoio de seu Pai, Luciano Silva

O piloto agora curte uns dias com a família. “Voltei a Almirante Tamandaré passar as festas com meus familiares e com a minha namorada, que tanto me incentiva. Janeiro já temos data para começarmos os trabalhos, nosso foco será no Brasileiro de Motocross”, ressalta o piloto.

“Quero reforçar meus agradecimentos a Deus, sem Ele minha vida não teria sentido. Agradecer muito a minha equipe, é muito gratificante ter um time tão unido e tão envolvido, aos meus pais, a minha namorada, a todos que me apoiam e me incentivam, saibam que eu sou eternamente grato a todos”, encerrou Bidu.

Concentração e pedido de proteção

João “Bidu” Victor tem o apoio  de OZ Company / VanRock / ABS Sports / Baterias Júpiter / Blade Energy Drink / SK Sports / PLMX Enzo Racing / Academia Nova Vida / Prefeitura de Quinta do Sol / Rafael Faria 116